Não se trata de uma escola literária, mas sim de um período de transição entre a decadência dos movimentos literários anteriores e a introdução da arte moderna, que nascia com sede de libertação das amarras do passado, refletindo as inúmeras transformações que ocorriam no mundo no início do século XX.
Em geral, tratando-se de movimentos literários, não é possível percebê-los como realidades fechadas. Principalmente por se tratarem da circulação e expressão de idéias, as vertentes muitas vezes se misturam e se influenciam mutuamente. No quadro que antecedeu o Modernismo brasileiro, concepções artísticas do século anterior (parnasianas, realistas, naturalistas, simbolistas, românticas, etc.) coexistiam e deram a tônica sincrética do Pré-modernismo.
Em geral, tratando-se de movimentos literários, não é possível percebê-los como realidades fechadas. Principalmente por se tratarem da circulação e expressão de idéias, as vertentes muitas vezes se misturam e se influenciam mutuamente. No quadro que antecedeu o Modernismo brasileiro, concepções artísticas do século anterior (parnasianas, realistas, naturalistas, simbolistas, românticas, etc.) coexistiam e deram a tônica sincrética do Pré-modernismo.
Principais características:
~~>O interesse crítico pela realidade nacional : representa uma inovação em face da produção literária anterior, em que apenas raras exceções focavam os problemas locais, a exemplo da sátira de Gregório de Matos. Tanto nos modelos realistas-naturalistas, quanto nos parnasianos e simbolistas, o interesse era mostrar traços universais da condição humana. Os pré-modernistas vieram realizar uma “radiografia crítica” do Brasil, sendo explícito o caráter social na maioria das obras, a exemplo da obra “Canaã”, de Graça Aranha, que retrata a imigração alemã no Espírito Santo e suas implicações racistas.
~~>A literatura sociológica : os romances vão além da simples ficção e incorporam teses históricas, políticas, culturais e antropológicas às análises realizadas.
~~>O sincretismo : as obras trazem a mistura de características de diversos movimentos. É o caso do toque romântico notado na dimensão épica dada a alguns personagens, a exemplo da imagem heróica do sertanejo retratada em “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. Aparecem ainda traços realistas, como a documentação da realidade social e naturalistas, como a aplicação de teorias científicas, a exemplo do determinismo, na análise dos personagens. Na poesia de Augusto dos Anjos, é possível notar a influência parnasiana, simbolista e naturalista.
A linguagem simples e coloquial: esta não é uma característica notada em todas as obras, mas aparece em autores como Lima Barreto que, buscando um “escrever brasileiro”, muitas vezes ignora a própria norma culta.
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