terça-feira, 17 de junho de 2008

Modernismo


O Modernismo Brasileiro é um movimento de amplo espectro cultural, desencadeado tardiamente nos anos 20, nele convergindo elementos das vanguardas acontecidas na Europa antes da Primeira Guerra Mundial - Cubismo e Futurismo - assimiladas antropofagicamente em fragmentos justapostos e misturados.
A predominância de valores expressionistas presentes nas obras de precursores como Lasar Segall, Anita Malfatti e Victor Brecheret e no avançar do nosso Modernismo, a convergência de elementos cubo-futuristas e posteriormente a emergência do surrealismo que estão na pintura de Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro e Ismael Nery. É interessante observar que a disciplina e a ordem da composição cubista constituem estrutura básica das obras de Tarsila, Antonio Gomide e Di Cavalcanti. No avançar dos anos 20, a pintura dos modernistas brasileiros vai misturar ao revival das artes egípcia, pré colombiana e vietnamita, elementos do Art Déco.
São Paulo se caracteriza como o centro das idéias modernistas, onde se encontra o fermento do novo. Do encontro de jovens intelectuais com artistas plásticos eclodirá a vanguarda modernista. Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto da burguesia tradicionalista e conservadora, São Paulo, incentivado pelo progresso e pelo afluxo de imigrantes italianos será o cenário propício para o desenvolvimento do processo do Modernismo. Este processo teve eventos como a primeira exposição de arte moderna com obras expressionistas de Lasar Segall em 1913, o escândalo provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917 e janeiro de 1918 e a 'descoberta' do escultor Victor Brecheret em 1920. Com maior ou menor peso estes três artistas constituem, no período heróico do Modernismo Brasileiro, os antecedentes da Semana de 22.
A Semana de Arte Moderna de 22 é o ápice deste processo que visava atualização das artes, e a sua identidade nacional. Pensada por Di Cavalcanti como um evento que causasse impacto e escândalo. Esta Semana proporcionaria as bases teóricas que contribuirão muito para o desenvolvimento artístico e intelectual da Primeira Geração Modernista e o seu encaminhamento, nos anos 30 e 40, na fase da Modernidade Brasileira.

Pré-Modernismo



Não se trata de uma escola literária, mas sim de um período de transição entre a decadência dos movimentos literários anteriores e a introdução da arte moderna, que nascia com sede de libertação das amarras do passado, refletindo as inúmeras transformações que ocorriam no mundo no início do século XX.
Em geral, tratando-se de movimentos literários, não é possível percebê-los como realidades fechadas. Principalmente por se tratarem da circulação e expressão de idéias, as vertentes muitas vezes se misturam e se influenciam mutuamente. No quadro que antecedeu o Modernismo brasileiro, concepções artísticas do século anterior (parnasianas, realistas, naturalistas, simbolistas, românticas, etc.) coexistiam e deram a tônica sincrética do Pré-modernismo.




Principais características:




~~>O interesse crítico pela realidade nacional : representa uma inovação em face da produção literária anterior, em que apenas raras exceções focavam os problemas locais, a exemplo da sátira de Gregório de Matos. Tanto nos modelos realistas-naturalistas, quanto nos parnasianos e simbolistas, o interesse era mostrar traços universais da condição humana. Os pré-modernistas vieram realizar uma “radiografia crítica” do Brasil, sendo explícito o caráter social na maioria das obras, a exemplo da obra “Canaã”, de Graça Aranha, que retrata a imigração alemã no Espírito Santo e suas implicações racistas.




~~>A literatura sociológica : os romances vão além da simples ficção e incorporam teses históricas, políticas, culturais e antropológicas às análises realizadas.





~~>O sincretismo : as obras trazem a mistura de características de diversos movimentos. É o caso do toque romântico notado na dimensão épica dada a alguns personagens, a exemplo da imagem heróica do sertanejo retratada em “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. Aparecem ainda traços realistas, como a documentação da realidade social e naturalistas, como a aplicação de teorias científicas, a exemplo do determinismo, na análise dos personagens. Na poesia de Augusto dos Anjos, é possível notar a influência parnasiana, simbolista e naturalista.
A linguagem simples e coloquial: esta não é uma característica notada em todas as obras, mas aparece em autores como Lima Barreto que, buscando um “escrever brasileiro”, muitas vezes ignora a própria norma culta.

Memórias de Um Sargento de Milícias



Em vez dos salões aristocráticos e dos ambientes sofisticados, a ação de Memórias de um Sargento de Milícias se passa nas ruas e casebres do Rio de Janeiro do "tempo do rei"(D. João VI). A linguagem é coloquial, próxima da fala do povo, e teve grande aceitação entre o público. O romance retrata de modo picaresco a sociedade carioca; as festas, batizados, procissões. É o romance de costumes. A obra de Manuel Antônio de Almeida permaneceu como a mais adulta e envolvente da época. Devido a isso, é considerado como romance pré-realista, apresentando contudo vários pontos de contato com o Romantismo, como por exemplo o estilo frouxo, a linguagem descuidada e o final feliz.
O meirinho Leonardo Pataca - pai de Leonardo - conhece no navio Maria das Hortaliças. Maria, já no Brasil, é flagrada pelo marido com outro homem e foge para Portugal. Leonardinho é desprezado pelo pai e vai ser criado pelos padrinhos, o Barbeiro e a Parteira. Desde pequeno provou que não queria nada com preocupações na vida, era preguiçoso e desordeiro. A vida de Leonardo se dá na dimensão da malandragem Conhece Luisinha, moça que ele primeiro descreve como "sem graça" mas depois começa a gostar dela. Adolescente, foi viver com Vidinha e graças à sua malandragem foi preso e engajado como soldado de milícias. E tinha como chefe o terrível Major Vidigal. Ainda assim ele foi preso mais uma vez, mas contou com a sorte de ter uma senhora, ex-amante do Major Vidigal, para inteceder por ele. Além de ter sido solto, recebe uma promoção e passa a ser sargento de milícias. Por fim, ele se casa com a agora viúva Luisinha, rendendo-se ao ideal romântico (o primeiro amor).


De olho no vestibular !


1. Leonardo é dito "filho de uma pisadela e de um beliscão" porque:

a)não lhe são conhecidos os verdadeiros pais e essa é uma forma de mostrar-se que tem origem desconhecida.

b)o pai, Leonardo Pataca, e a mãe, Maria da Hortaliça, agrediam-se costumeiramente em suas brigas.

c)foi dessa maneira que seus pais começaram seu relacionamento, em um navio, a caminho do Brasil.

d)essa seria uma forma de desmistificá-lo perante o leitor.

e)porque ele sofria violências constantes em seu lar.


2. Aponte a alternativa incorreta:

a)Manuel Antônio de Almeida publicou um romance apenas, denominado Memórias de um Sargento de Milícias.

b)O romance em questão foge aos padrões estabelecidos para as obras do Romantismo.

c)A obra passa-se na segunda metade do século XIX, época em que D.João VI estava no Brasil ("Era no tempo do rei").

d)Para poder escrever o romance, o autor teve que recolher informações com um companheiro de trabalho que vivenciara a época retratada.

e)Leonardinho é um anti-herói, seguindo o modelo do herói picaresco espanhol.


3. Com relação a Memórias de um Sargento de Milícias, não podemos afirmar que:

a)O "canto dos meirinhos", citado no início do romance, era um local da cidade do Rio de Janeiro onde se reuniam tais funcionários do poder Judiciário.

b)Os meirinhos eram bastante considerados no tempo do rei.

c)Os meirinhos de hoje são exatamente iguais aos daquele tempo, "gente temível e temida, respeitável e respeitada".

d)as condições físicas dos meirinhos influíam, para que fossem respeitados.

e)Meirinhos e desembargadores exerciam as mesmas funções, fechando um círculo Judiciário.


4. "Tratou-se de resolver uma importante questão: para a companhia de quem iria o Leonardo? A abertura do testamento, feita nesse mesmo dia resolveu a questão." O segmento refere-se:

a)À morte de Leonardo Pataca, que deixa para o filho todos os bens que adquirira em vida.

b)À morte do Compadre, que fez do rapaz seu herdeiro universal.

c)À morte de D.Maria, que legara a Leonardo sua fortuna, para que este cuidasse de Luisinha.

d)Àmorte da Comadre, que, por não ter filhos, deixou seus humildes pertences para o afilhado.

e)À morte de Maria da Hortaliça, que, bem casada em Portugal, torna seu filho e herdeiro um verdadeiro magnata.


5. Vidinha é:

a)a sobrinha de D.Maria, que fica em sua companhia após uma demanda.

b)a esposa do toma-largura, com quem Leonardo é pego tomando sopa, sendo perseguido pelo marido enciumado.

c)ma mulata bonita que vive com o Major Vidigal.

d)uma jovem que vive somente com três primos em uma casa do subúrbio do Rio de Janeiro.

e)uma apreciadora de modinhas que cantava e deixava Leonardo encantado.


6. Das alternativas seguintes, seria verdadeiro afirmarmos que:

a)O Major Vidigal é responsável pelas prisões de Leonardo, mas também por sua nomeação como grana­deiro e sargento de milícias.

b)O Compadre conseguira enriquecer tão somente graças a seus esforços pessoais, na profissão de barbeiro.

c)Maria da Hortaliça não era uma mulher honesta, porém se mostrou mãe dedicada e amorosa. d)Luisinha amava José Manuel, o que a fez trocá-lo por Leonardo.

e)Leonardo e Chiquinha realizaram seu sonho e tiveram uma filha calma e assentada.


Gabarito:

1)c

2)c

3)e

4)b

5)e

6)a

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Cidade e as Serras



Este último romance de Eça de Queirós foi publicado em 1901, um ano após sua morte. Retirado do conto "Civilização", tem sido considerado, junto com as obras "A Ilustre Casa de Ramires" e "Correspondência de Fradique Mendes", uma trilogia, cujo ponto comum é a crítica ao ambiente social e urbano de Portugal.Como o próprio nome da obra revela (a cidade se opõe ao campo), pretende criticar o progresso técnico, urgente e rápido, na virada do século 19 para o 20. Eça de Queirós julgava, ao fim da vida, que o homem só era feliz longe da civilização. Por isso, a temática mais forte da obra é contra a ociosidade dos que têm dinheiro na cidade, e sua vida burguesa, ou seja, o acúmulo irrefletido de dinheiro.
Um interessante foco narrativoDizem os críticos que neste romance Eça aproveita para fazer seus personagens "olharem" as imagens que ele mesmo via quando criança. É um bucolismo romântico que volta e contamina seu romance. Na verdade, porém, quem conta a história e as aventuras por que passa o personagem principal Jacinto Galião, é um amigo seu, José Fernandes, que também está na história, mas sente-se menos ilustre que Jacinto, herdeiro rico e personagem central de crítica de Eça de Queirós à riqueza. O romance começa assim: "O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival".Esse foco narrativo (ou seja, essa maneira de contar a história) tem um nome técnico, "eu-como-testemunha", e é muito apropriado para obras que desejam ser críticas, pois o personagem-narrador acompanhará o protagonista em suas aventuras; e, como contará a história tempos depois, pode ser bem crítico e analisar melhor o que a
conteceu. No caso, o apego de Fernandes ao protagonista tem ainda outra razão: este narrador quer entender o que faz um homem rico (nascido em Paris, capital da França) trocar tudo pelo campo, no interior de Portugal.
Enredo: a Vida fácil no campoEmbora muito inteligente e capaz, Jacinto vive do dinheiro herdado da família. Desde pequeno tudo dava certo em sua vida. Já adulto, elegante e culto, parece achar que os males humanos seriam curados com a volta das pessoas à vida no campo. É muito fácil pensar assim, quando, tendo muito dinheiro, não se precisa plantar, nem colher, nem viver as privações do trabalho agrícola. Há, portanto, um moralismo simplificador nesta obra, que faz com que alguns críticos julguem o personagem um pouco tolo, e Eça de Queirós um tanto superficial.De início, a maior preocupação de Jacinto era defender o progresso, a civilização e a cidade grande. Achava ele que ser civilizado era enxergar adiante, ver o futuro. José Fernandes (narrador e seu amigo) fica espantado quando reencontra Jacinto em Paris, em sua mansão na Avenida Campos Elísios (Les Champs Elysées), número 202. Há todo o tipo de modernidade e luxo, além de uma biblioteca com milhares de títulos dos principais escritores e cientistas do mundo. Convidado por Jacinto a morar em Paris, o narrador percebe (e nos conta) que Jacinto vai-se decepcionando com a superficialidade das pessoas com quem convive. Ele passa a conviver mal com o barulho da cidade, com o movimento e burburinho das pessoas em festas e reuniões e com a tecnologia, que sempre o deixa na mão.
A ida para o campoOs incidentes da vida moderna davam, na verdade, tédio em Jacinto. Seu criado fiel, Grilo, conta ao narrador que o mal de seu patrão "era fartura". "O meu Príncipe sente abafadamente a fartura de Paris...", diz ele. Jacinto, numa mudança existencial, passou a achar que Paris era uma ilusão, tudo era abafado e não havia grandeza na cidade: comerciantes, cortesãs, famílias desagregadas era a única realidade. Começa a filosofar, e o narrador nos conta o que ele dizia: "o burguês triunfa, muito forte, todo endurecido no pecado - e contra ele são impotentes os prantos dos humanitários..."Um dia Jacinto decide: mudará para Tormes, sua propriedade rural, onde seus avós estavam enterrados. Ambos os amigos partem então de Paris para as serras. Nosso narrador ainda diz que Jacinto afirmava que "encontrariam o 202 no interior", contando, é claro, com o conforto daquela propriedade, um castelo.As coisas não dão tão certo: o advogado do milionário não o esperava chegar tão cedo, as malas da viagem ficaram perdidas e os dois amigos ficaram a pé para atravessar a serra. Pior: ninguém da casa sabia que eles viriam. Por isso não havia conforto, nada estava preparado.
O milagre da comida caseiraIrritado, sem saber viver sem conforto, Jacinto afirmou que iria a Lisboa. Mas Melchior, o caseiro, arranjou-lhes uma comida simples, sem taças de cristal nem porcelana. Começa a mudança do protagonista: "Diante do louro frango assado no espeto e da salada (...) a que apetecera na horta, agora temperada com um azeite da serra digno dos lábios de Platão, terminou por bradar: 'É divino'."Apaixonado pela nova vida, o dono da mansão do "202" em Paris ficará em Tormes, mesmo sozinho, pois seu amigo, o narrador, havia partido para outra cidade. Intrigado com essa espantosa decisão do amigo, José Fernandes volta a visitá-lo e o encontra forte, corado, "parecia um camponês".
O campo muda o homemConhecendo a pobreza que há nos campos, Jacinto começa a cuidar dos humildes. Queria fazer benfeitorias, trazer certa "civilização" ao interior de Portugal. Numa das festas desse mundo interiorano, conheceremos também a ignorância e o atraso em que viviam os camponeses. Havia (nos conta o narrador) uma "mentalidade política atrasada, absolutista", enquanto nas cidades havia novas doutrinas e teorias (como o positivismo, com o qual simpatizavam por ambos, Jacinto e José Fernandes).Numa das visitas à família do amigo, Jacinto conhecerá a prima de Fernandes, Joaninha, uma camponesa típica. Apaixonado, o rico rapaz acaba casando-se com ela, tem dois filhos sadios e alegres. Depois de cinco anos de felicidade, o dilema existencial entre a "cidade e as serras" se resolverá, finalmente, pois chegarão à fazenda os caixotes antes embarcados em Paris e perdidos há anos. Jacinto aproveitará muito pouco do que há de "civilização" nas malas.E o narrador, depois de passar mais algum tempo em Paris, volta ao campo definitivamente, convencido de que Jacinto estava certo: era bem melhor a vida no campo.O livro termina desta forma: "E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos, através da natureza campestre e mansa - o meu Príncipe (..), a minha prima Joaninha (...) e eu (...), tão longe de amarguradas ilusões e de falsas delícias (...), seguramente subíamos para o Castelo da Grã-Ventura."

domingo, 8 de junho de 2008

MEU ANIVERSARIO

DIA 07/06 -> ANIVERSARIO DO JEFFERSON
Uma pessoa como qualquer outra, porem é muito legal e simpatico hahahaha um pouco humilde eu sei mas, o que mais prevalece nele eh sua verdade, nunca mentiu hahahahaha.... se alguem quiser saber algo a mais dessa pessoa é só perguntar para ele. Tenho certeza que responderá.

-> Questoes de vestibular
1.Que ano Jefferson Jose Volpatto Buratti nasceu?
a)1190
b)1990
c)1991
d)1992
e)2997

2.Que dia ele fez aniversario?
a)2
b)3
c)21
d)7

e)10

3.Que signo o pertence?
a)Gemios
b)Libra
c)Touro
d)Nenhum
e)Maonese

ps. perguntas elaboradas pela FGV que foi copiada pela USP , UNICAMP,ITA ......... ate do exterior

ADORO
 
© Papeis Krista '' Por Elke di Barros